terça-feira, 25 de março de 2008

Panes nos trilhos


O Terra noticiou hoje (25/03/08):

Pane em porta de metrô provoca lentidão em SP

Do Portal Terra

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2706443-EI8139,00-Pane+em+porta+de+trem+provoca+lentidao+em+SP.html

Um problema na porta de um trem do Metrô, na manhã de hoje, causou lentidão nas linhas que passam pela Estação da Sé, em São Paulo. Segundo a assessoria do Metrô, uma das portas do trem da linha Norte-Sul do Metrô (Tucuruvi-Jabaquara) abriu e não fechou. A composição teve de ficar 11 minutos parada.


Segundo o Metrô, os problemas começaram às 6h12, na Estação da Sé, sentido Jabaquara. Às 6h23 o trem voltou a operar. Os passageiros do vagão que apresentou o problema foram transferidos para outros vagões do trem, que seguiu viagem.

Agora os grifos meus

Quando eu trabalhava no Brás, sempre acontecia, naquela hora da madrugada, algum problema na Estação da Sé. É interessante... o movimento lá é muito grande, e com o metrô emperrado, imagina só!


Os trens de cima chegam a todo minuto, despejando gente que não acaba mais. Na plataforma do Jabaquara, sempre carregada, vai acumulando gente, acumulando, acumulando. Quando não cabe mais, elas vão se amontoando nas escadas rolantes, até em cima. É impressionante a situação! Seria uma cena cômica se não fosse um tanto trágica. Mas até a isso a gente se acostuma.


Se fosse no trenzão...

Nem teria virado notícia, afinal, isso acontece todos os dias. As vezes por pane, sim, mas na maioria, por excesso de gente. É um ciclo bem simples:


Surge a idéia de que sempre cabe mais um / muitas pessoas pensam igual / todas elas se empaçocam na porta / corpos, bolsas, mochilas, sacolinhas, livros, MP3 e outros objetos se encaixam na falta de espaço / As portas não conseguem fechar / trem não anda de portas abertas / maquinista avisa que o trem não parte de portas abertas / mais nervoso, maquinista pede colaboração para evitar atrasos / abre a porta mais uma vez / fecha a porta / sempre tem uma mochila prensada no meio da porta / maquinista abre e fecha a porta com bastante violência / acho que agora fechou / ninguém pode respirar / espirrar ou se coçar então, nem pensar! / pode estar bem frio lá fora, mas o calor domina os vagões / todo mundo está suado e dolorido / todo mundo chega atrasado e de mau humor.

Pior quando é pane mesmo, naquelas portas emperradas, e o maquinista já pensa que tem alguém segurando a porta e sai xingando: “Por favor não segure as portas, evite atrasos...”. Sem conseguir fechar, volta a voz misteriosa e chiada do trem, em tom mais alto: “O TREM NÃO PARTE DE PORTAS ABERTAS. EU VOU SOLICITAR AQUI A PRESENÇA DE UM DOS SEGURANÇAS, POR FAVOR!!!”. Nisso, os passageiros já estão lá, tentando resolver o problema da porta causadora de discórdia.

5 comentários:

Tarcisio Cunha disse...

Ola, Aliz. Encontrei seu blog hoje, meio que sem querer, e já me identifiquei. Hoje mesmo passei por uma avaria, onde fiquei mais de uma hora esperando um trem que fosse possível pegar. Já coloquei seu blog nos favoritos, sempre estarei passando por aqui. E, parabéns! O blog tá muito bom.

Deborah Huff disse...

Olá Aliz,
Depois de ler uma msg sua, do grupo vagas jornalismo, vi o seu blog e me interessei bastante. Depois de tantos ano andando de trem e metrô, já passou pela minha cabeça contar minhas "aventuras" em um blog, mas nunca saiu do papel. E olha que tem história! hehe. Parabéns pelo blog.
Aproveita e acesse o meu: www.politicosepromessas.blogspot.com, nele tb relato um destes meus dias! rs

Deborah Huff disse...

Obrigada Aliz!
vou adicionar seu blog no meu tb.
beijos!

Anônimo disse...

Olá Aliz,

Conheci seu blog por meio da Deborah Huff, cara que legal falar da sardinha dos trilhos.. rsrsrs
Moro nas proximidades da estação Grajaú (está quase pronta) e mesmo sabendo que vamos enfrentar muita dureza, não vejo a hora de ter o trem mais perto... O intervalo é gigantesco, os trens andam lotados, o cheiro as vezes nos faz pensar "meu Deus, o que vim fazer aqui" mais ainda sim serve. E falar sobre essa experiência de guerra, literalmente, é um prato cheio para ´nós jornalistas, né.

Parabéns!!!

Bjocas

Glauber Canovas disse...

Finalmente um espaço para eu despejar minha angústia! (háháhá)

É um absurdo tratarem nós assim, mas analisando friamente (bem friamente) chega a ser engraçado, ou seria triste? Bem, não sei, mas o fato de estarmos acostumados com a situação facilita a vida do nosso governador careca. De todas as citações no texto, a que me chama mais atenção e me deixa mais P... São esses malditos MP3/MP4, 5, 6, 7, 10, 20, 254, enfim. Eu juro que se eu pego o ser que inventou isso... Tudo bem, eu tenho um também, mas tirar a MERDA do fone de ouvido e OBRIGAR todos a ouvirem é demais. Piores são as músicas: Funk, pagode, sertanejo e rap... Meu Deus! Meus ouvidos acostumados com Chico, Tom e Tim nada fizeram para aturar essa 'cultura'...

Uuffffaaaaaaa!