segunda-feira, 2 de abril de 2007

Dengue não pega Trem!


As campanhas contra a Dengue intensificam-se em todos os segmentos, ainda mais nessa época do ano, quando o calor intenso colabora para a reprodução do inseto. No Trem não poderia ser diferente. Aliás, ainda mais no Trem, onde é jogada uma quantidade absurda de lixo, diariamente. Esse é um dos problemas desse meio de transporte. Ou melhor, de seus usuários.

O brasileiro não tem consciência ambiental. Sabe-se dos perigos do aquecimento global, da escassez da água, do desmatamento e outros problemas, mas não há ação efetiva vinda do povão mesmo, que poderia colaborar consideravelmente nessa luta. Mas as questões básicas como não saber gerenciar seu próprio lixo é coisa grave e muito feia. A coisa mais comum é ver lixo descartado de forma indiscriminada Por esses Vagões.

Tanto marreteiros quanto usuários fazem da “Lata com rodas” uma verdadeira lata de lixo ambulante. As embalagens de tudo que é consumido dentro do Trem acabam sendo jogadas debaixo dos bancos, pelas janelas ou nos vãos das plataformas. Vendedores, ao abrir novas caixas de mercadoria, simplesmente desembalam e jogam no chão, sem nenhum constrangimento. Mães ensinam suas crianças, desde pequenas, a gerenciarem seu lixo de forma errada. A criança, quando está com o papel da bala, do sorvete, do salgadinho nas mãos, pergunta o que fazer e as mamães incentivam a jogarem janela afora. Muitas pessoas, com nível superior até, ao terminarem de comer, jogam, disfarçadamente, o lixo embaixo do banco onde estão sentadas.

Imagine o caso da Paçoquinha... Como dizem os marreteiros: “Uma é dez e dez é um”. Ou seja, com R$1,00 você compra dez paçoquinhas. Agora imagine a embalagem dessas dez paçoquinhas sendo jogadas no chão ou pela janela por cada um que as comprar. Infernal, não? Pois acredite, isso acontece!

Ora, eu não sou obrigada a ficar no meio da sujeira porque as pessoas não sabem gerenciar seu próprio lixo. E a ação, além de feia e nojenta, demonstra a falta de consciência com relação ao meio ambiente. Da falta de noção de que, se cada cidadão que está dentro do trem jogar um papel de bala durante a viagem, tanto o veículo quanto seus arredores, tornar-se-ão intransitáveis. Há quem limpe, claro, mas o desastre está naquilo que não se pode alcançar – incluindo aí a mentalidade do brasileiro.

Como se não bastasse, em muitos locais onde o trem passa, existem casas em estado precário que, construídas à margem da ferrovia, fazem de sua extensão um imenso lixão a céu aberto. Pessoas que não administram a sujeira que produzem e não entendem as consequências danosas que aquilo pode causar ao meio ambiente. Com isso, o odor fica estragado, ratos proliferam – fazendo proliferar também as doenças e epidemias -, o lençol freático pode comprometer-se e o visual é totalmente degradado, entre outros males.

E a Dengue com isso? Bem, cada detrito descartado de forma irresponsável pode se tornar um criadouro do inseto maligno. Tanto daquilo que voa pelas janelas do Trem, quanto ao que é descartado na beira da ferrovia pelas casas e transeuntes. Tudo acaba virando foco da Dengue.

Megaoperação CPTM – o interesse é de todos

A assessoria de imprensa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) divulgou que desde o dia 30 de março de 2007 a empresa vem realizando uma megaoperação contra a Dengue. Trata-se de uma iniciativa que visa recolher todo o tipo de material reciclável “jogados ao longo dos 270 Km de vias da companhia e que podem se transformar em potenciais criadouros do mosquito Aedes Aegypt”. Com isso, ao menos uma vez por semana haverá um mutirão organizado pela CPTM para recolher a “lixaiada” que se acumula nas linhas e arredores. Já que são recicláveis, todo o material recolhido será doado a uma instituição de caridade.

Como é do interesse de todos que os focos da Dengue sejam destruídos, seria de bom grado contar coma ajuda da população. Não precisa muito, basta que se aprenda que lugar de lixo é no lixo. Isso já ajudaria bastante!

Um comentário:

Anônimo disse...

li a sua materia sobre os marreteiros e tenho certeza que voce faz um relato por algo que imagina ser e não pela verdade ocorrida.É uma pena pois vejo uma pessoa que talvez, tenha estudado muito na faculdade para se formar em jornalismo porém ao divulgar uma matéria em seu blog faz jus somente a suposiçoes eo poucas informações extraídas de outros que, sequer, são marreteiros para dar o depoimento da verdade legitima.É fato, e devo afirmar que muitos marreteiros não trabalham de forma correta utilizando diversas artimanhas para realizar suas vendas, mas ora veja, isso acontece em qualquer esfera onde esteja sendo realizada a venda de um produto. Empresas para vender, utilizam de todo um aparato enganador, com promessas de desconto, brindes, assistencia,etc.., para laçar sua presa, isto é o consumidor. Então o marreteiro, não é diferente; mais ainda porque ele tem que convecer o consumidor que sua mercadoria é muito mais em conta do que aquela que está sendo vendida na loja varejista. Para conseguir o seu produto mais barato o marreteiro se aproveita de todo lançamento disponibilizado nas distribuidoras e não daqueles produtos que nã são desejados pelo púbico como voce afirmou.. Um caso semelhante foi quando a empresa CORE lançou o saquinhos de 100gm das balas icekiss. Por ser um produto novo, as lojas varejistas vendiam a unidade um pouco caro visando um lucro maior. O marreteiro aproveitando o preço reduzido, de lançamento de tais produtos, iam até a distribuidoras e la adquiriam as balas no preço mais barato e aproveitando vendiam em onibus e trem muito mais barato que o comercio varfejista pois muito trabalham com margem menor que 70% de lucro. Bom na verdade eu poderia citar muitas empresas que tiveram seus produtos conhecidos na cidade e São Paulo por trabalho pelo trabalho dos marreteiros mas eu teria que escrever paginas e paginas... Para terminar quero dizer que voce, apesar de boa jornalista, foi infeliz em uma materia que pouco pesquisou.. utilizando de sentimentos próprios para descrever a situação o que é vedado no mundo jornalístico uma verz que o bom reporter tem que ser imparcial.