segunda-feira, 30 de julho de 2007

Chega a segunda-feira, e com ela as avarias

Desconheço os autores das fotos. Retirei do site www.tremdedoido.cjb.net

A segunda-feira, dia internacional do desgosto, consegue ser “empacada” desde os primeiros raios de sol para quem anda de trem. Não raramente, bem na segundona brava, os trens resolvem dar “crepe”.

É incrível a incidência de imprevistos nos trens da CPTM justo na segunda-feira. Não que esses imprevistos deixem de acontecer nos outros dias da semana - no trem, todo dia é dia de contratempo -, mas é que frequentemente temos surpresas (nada agradáveis) no caminho para o trabalho bem nesse dia crucial.

O resultado é sempre o mesmo: uma multidão de gente (com muita preguiça) chegando atrasada ao trabalho, mal humorada e dolorida. Sim, dolorida mesmo! Ou você acha que permanecer por horas dentro de um trem mais do que lotado, com o número de passageiros dobrado devido o atraso e o transtorno, sem poder se mexer e mudar de posição, é coisa pouca?

O desespero para sair da lata com rodas é tanto, que cada estação que passa torna-se uma ponte do rio que cai... balança, balança e parece a eternidade! E quando o trem pára, e todas aquelas pessoas lá de fora querem entrar – todas as que vão se acumulando entre passageiros do trem que quebrou e do trem que era pra ter vindo e não veio – dá mais desespero ainda. “Oh!!! Eu só queria descer meu braço, mudar de mão... só queria poder mexer algum músculo”. Se alguém que está sentado, pelo menos, se oferecesse para carregar a bolsa ou a sacola... seria de grande valia! Mas não... ninguém se toca!

E quando a sua estação está próxima, há duas preocupações: como acordar os músculos dormentes e doídos... e como conseguir sair do vagão agora?

É tudo um processo de sucção. Quando você precisa entrar, e junto com você uma multidão logo atrás com a mesma intenção, você só precisa se deixar levar. Em segundos estará dentro do vagão graças ao empurrão coletivo, e uma vez lá dentro, será conduzido sem fazer força. Você é automaticamente sugado pra dentro do trem... e quase pra dentro de alguém também, porque até hoje eu não entendo como cabe tanta gente em um espaço tão pequeno como o corredor de um vagão.

Sair? Ah... o difícil é chegar até a porta. Não, o difícil mesmo é conseguir se mexer, para então tentar se mover e chegar até a porta. Uma vez lá, não se preocupe: você é cuspido. E pronto! Quando vê, já está a caminho do trabalho... amassado, quebrado e puto da vida!

E como se não bastasse, a “viagem” (em todo e qualquer sentido da palavra) é conduzida ao som de “Frases de maquinista - minutos de sabedoria SÓ DELES”:

“Atenção:

Estamos aguardando ordem de partida do centro de comandos devido avarias em material rodante”.


Pode, ou quer mais?

Um comentário:

Na Periferia do Império disse...

Oi Aliz....

O blog está bacana. Só precisa atualizar.

Beijos